quarta-feira, 1 de julho de 2009

Repúdio à falsidade

Em assunto de demonstração de uma falsa comoção, a nossa sociedade tem grande experiência. É impressionante ver como a opinião pública muda em relação a uma pessoa quando ela morre. Isso já faz parte do senso comum.

Se comover é algo totalmente digno, porém, criticar durante anos lucrando com os assuntos polêmicos de alguém, e depois que essa pessoa morre publicar repetidamente reportagens demonstrando admiração, se referindo como um ídolo, expressa muita falsidade. Mas a mídia nunca se importa se está sendo falsa ou se deveria ter um compromisso com a ética, contanto que ela saia lucrando.

A pessoa se torna uma lenda, não por ter vivido uma vida de integridade, não por ter marcado a vida de muitas pessoas, não por ter contribuído para transformar o mundo para melhor, e sim porque são convencidas pela massificação de uma imagem falsa, mostrando uma identidade que nunca existiu. O que cega as pessoas às razões de suas antigas críticas.

Outra expressão pública de falsidade muitas vezes é o da própria família, que se sente obrigada a expressar sentimentos de luto, mesmo quando não há tristeza, e está mais interessada e preocupada em tomar posse dos bens deixados pelo falecido parente.

Porém, a pior expressão de falsidade são os sentimentos. O repúdio e indiferença à existência de alguém se convertem a um sentimento de profunda e verdadeira tristeza e comoção. Esses são os sentimentos falsos. Mas o que causou essa transformação? Uma mentira reafirmada pela própria pessoa, ao escutar tantas vezes uma informação que foi trabalhada para gerar comoção.

Dignidade e ética são características que estão em extinção nessa sociedade, cujo coração é passivo à manipulação de suas mentes a cada dia, para sentirem exatamente o que querem que sintam.

Para uma pessoa que ama e lucra com a falsidade, os sentimentos de coerência e transparência são praticamente nulos, até porque em determinadas situações usar uma máscara de comoção, de certa forma, é até algo agradável e rentável.

Odiar a falsidade significa amar a verdade. E quem atua sempre na verdade manifesta a justiça daquele que É a verdade, e sempre zelou em preservá-la ao jamais se conformar com a falsidade dos hipócritas.


“O que manifesta a verdade manifesta a justiça, mas a testemunha falsa, a fraude.”(Provérbios: 12.17)

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